domingo, 25 de julho de 2010

Gazeta em forma de e-meio 114

A Gazeta recomenda

Para quem tem banda larga e cerca de uma hora e quinze minutos nesta domingueira, a Gazeta recomenda o discurso que Hugo Chávez pronunciou em cadeia nacional, neste sábado, em comemoração do 227º aniversário de nascimento de Simón Bolívar.

Está no vídeo, ao pé da página, no seguinte endereço, (duração: 71 min.):

http://www.aporrea.org/tiburon/n162006.html (a recomendação é de que o vídeo seja visto antes da leitura do texto na mesma página)

Apesar de ser em espanhol, a boa dicção do orador permite-nos uma clara e quase total apreensão do discurso. Mas, como informação que pode ser útil à sua melhor compreensão, pois nada do que realmente se passa lá é permitido que se divulgue por acá, é bom que se saiba:

a) A Venezuela está, neste momento, sob forte pressão bélica imperialista. Utilizando a Colômbia como uma nova Israel na América Latina, os EUA manipulam aquele governo títere para fazer as provocações (como a mais recente, na OEA) enquanto ocupam sete bases militares fortemente armadas no território colombiano. Como se não bastasse, estacionaram agora 46 navios de guerra na Costa Rica, além de fortalecerem as bases militares que mantêm em Aruba e Curaçao e ordenarem o deslocamento da 4ª Frota para o mar do Caribe. Ou seja, nos próximos dias, a Venezuela estará literalmente cercada de forças militares estadunidenses, prontas para agir.

b) A inteligência venezuelana desmantelou, duas semanas atrás, um plano de assassinato de Hugo Chávez ao prender o terrorista salvadorenho Chávez Abarca, com larga ficha de atentados contra Cuba, Nicarágua, Guatemala, Honduras e outros países da América Central a serviço da CIA e sob o comando do famoso terrorista Posada Carrilles.

c) Há cerca de 10 dias, em ambiente festivo e patriótico, o governo da Venezuela promoveu a exumação dos restos mortais de Simón Bolívar, com a finalidade de realizar diversos estudos e análises científicas com base em modernas tecnologias e elucidar uma série de dúvidas sobre a história do Libertador, especialmente as que são relacionadas com as reais circunstâncias de sua morte prematura e não de todo esclarecidas. O evento teve forte impacto nacional, com os principais momentos divulgados em cadeia nacional e com a troca dos aparatos funerários, que eram todos de origem estrangeira (ingleza) e foram substituídos por peças manufaturadas pelos trabalhadores venezuelanos com materiais (ouro e madeiras) do próprio país, e destaque para a nova bandeira que passa agora a envolver o sarcófago. Feita com tecido nacional, a bandeira viajou por todos os Estados para que costureiras bordassem nela as oito estrelas, como a queria Bolívar (eram sete na que estava no ataúde), diante das câmeras de televisão. O discurso de Hugo Chávez, pronunciado no Panteão dos Libertadores, em Caracas, é o da solenidade de encerramento dessas festividades.

d) Dia 26 de setembro próximo haverá eleições para a Assembléia Nacional da Venezuela. Era plano do Império se valer dessas eleições para derrubar a maioria chavista e eleger políticos de oposição que manejassem um golpe de Estado a partir do Legislativo, como fizeram em Honduras. Para isso, acirraram os ataques midiáticos, os boicotes econômicos e a sabotagem interna a fim de que os políticos de oposição tivessem mais chances na eleição. Porém, já perceberam que, apesar de tudo, a popularidade de Chávez não parou de crescer e tudo indica que ele conquistará uma maioria avassaladora (mais de 2/3) na Assembléia Nacional para a próxima legislatura. A conclusão dos "estrategistas" do Império é a de que somente uma invasão armada ou uma guerra provocada pela Colômbia, apoiada pelos EUA, poderá derrubar o governo bolivariano da Venezuela e eliminar Hugo Chávez.

E Hugo Chávez está ciente e consciente de tudo isso. Veja no vídeo.